Já que vamos a São Paulo, que tal conhecermos a Biblioteca dos Cheiros (Osmoteca). Espaço interativo, com 210m2, situado a Rua Dr. Emílio Ribas, 110 (Perdizes). – São Paulo (SP). São mais de 500 peças históricas, desde uma feita sob encomenda para Napoleão Bonaparte até Channel nº5 e fragrâncias assinadas por celebridades atuais, o acervo veio de Curitiba, onde funcionou desde 2004.
Em parceria com uma faculdade de moda e duas empresas multinacionais, o Espaço é dividido em sete núcleos no andar térreo e três no mezanino, com vinte vitrines, o percurso começa na antiguidade e termina nos dias atuais.
É acessível aos cadeirantes com aberturas amplas e elevador. Os recursos especiais permitem aos deficientes visuais aproveitarem a exposição – além das legendas em Braille para viabilizar a interação nos aplicativos multimída, o piso tátil e um mapa tátil do espaço orientam sobre a disposição dos ambientes. O áudio guia é disponível em português, inglês e espanhol, para os deficientes visuais. Vídeos legendados complementam os itens de acessibilidade, auxiliando os deficientes auditivos nos materiais multimídia.
Fatos marcantes da história da humanidade também são mesclados às informações sobre a perfumaria, tornando o passeio ainda mais rico e educativo. No início da exposição, os visitantes são informados, de que os cheiros mais antigos exalavam da queima de aromáticos, prática que explica a origem latina da palavra perfume: Per (através) e fumum (fumaça).
Há relíquias históricas como um vidro datado de 1.500 a.C. e usado para guardar o produto. Destaque ainda para um exemplar original da Eau de Cologne Royale - Jean Marie Farina, a água de colônia encomendada por Napoleão Bonaparte para a mulher. O vidro também foi pensado para agradar o imperador, que guardava o frasco na bota.
No mezanino tem dois espaços que merecem atenção: O primeiro é o espaço Wheaton, que apresenta a história e a tecnologia usada no desenvolvimento e produção dos frascos de perfume. Já que um perfume é composto pela sua fragrância, frasco e embalagem! Um aplicativo multimídia permite aos visitantes dar asas a imaginação e criar seu próprio vidro de perfume virtual. E segundo, a galeria com frascos brasileiros que fizeram sucesso entre as décadas de 1940 e 1970. É uma verdadeira viagem no tempo.
A área do perfumista dá uma ideia sobre a variedade de matéria-prima disponível
(Foto: Claudia Silveira)
No andar térreo podemos conhecer um órgão olfativo de um perfumista, fazer pesquisa através de mapa tátil numa tela, visualizar em vídeo várias campanhas publicitárias das mais diversas marcas da perfumaria nacional e internacional, e conhecer um equipamento interativo chamado Scentys, que resgata a memória olfativa, estimulando o visitante a exalar fragrâncias que são dispersadas quando acionadas por um botão.
Dois objetos estão em destaque na minha opinião: um frasco de Água de Colônia (Kölnisch Wasser) do perfumista Marie Farina (a primeira água de colônia da história da humanidade) e a coleção de fragrâncias de Thierry Mugler, Le Parfum Coffrete, com 15 fragrâncias desenvolvidas pelos Les Christophers, inspiradas no filme Perfume - História de um Assassino (adaptado do livro Perfume de Patrick Süskind).
Horários: Terça, quarta e sábado, das 10 às 18hs; quinta, das 10 às 20hs; e domingo, das 12 às 18hs. (Última entrada: 40 minutos antes do fechamento) - Tel.: (11) 2361-7728
Pesquisa feita na internet.