Estádio Octávio Mangabeira, mais conhecido como Fonte Nova, estádio de futebol da cidade de Salvador (Bahia - Brasil), propriedade do governo do estado da Bahia. Obra mais importante e representativa do arquiteto baiano Diógenes Rebouças, construído em 1951, ampliado com a construção do anel superior entre os anos de 1968/1971, tendo como projetista o próprio Rebouças. Capacidade para 80.000 pessoas.
Hoje, 10:00hs, serão implodidos o anel superior e as 138 colunas de sustentação do estádio, o gramado e anel inferior já foram demolidos mecanicamente. O antigo estádio dará lugar a um empreendimento privado (no momento em que seu terreno se torna mais acessível e valorizado, devido à entrada em funcionamento do metrô, que na primeira etapa tem duas estações no seu entorno). O novo estádio, será executado pelo Consórcio Arena (construtoras Odebrecht/OAS) ganhador da licitação, projeto também em formato de ferradura, com: centro de convenções, elevadores, praça alimentação, estacionamentos e atendendo as determinações da FIFA.
O govêrno do Estado deveria preservar o Estádio da Fonte Nova, não só pelos inquestionáveis méritos arquitetônicos, também pela sua importância na história da arquitetura e do futebol baiano, seja pela sua integração com a paisagem em que se insere – a encosta sobre a qual se assenta e o Dique do Tororó para o qual se abre.
Por mais de meio século, o Estádio da Fonte Nova foi a principal arena baiana do esporte que 9 entre 10 brasileiros amam: o futebol.
Concordo em gênero, número e grau com o Departamento da Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-BA), editorial do dia 13 de agosto passado que afirma:
"em lugar de propor a construção de um novo estádio para Salvador [...], o mais sensato, mais econômico e mais coerente seria requalificar o Estádio da Fonte Nova, adaptando-o aos padrões esportivos internacionais mais atuais".
Encerro a postagem com uma citação do ex-governador Octávio Mangabeira, responsável pela construção do estádio que leva seu nome:
"Pense em algo excêntrico, inusitado, em algum absurdo qualquer: ele já aconteceu na Bahia".
Pesquisa feita na internet.
