Essa obra-prima da arquitetura foi projetada pela empresa OMA, em 1998; e foi construída em Bordeaux, na França – exatamente como diz seu nome. Seu programa de necessidades previa ambientes para uma família cujo pai precisava andar de cadeira de rodas. Este chegou a dizer ao chefe da equipe de projetos, Rem Koolhaas, que “ao contrário do que você esperaria, eu quero uma casa complexa porque a casa vai definir o meu mundo”. E foi assim que os criadores viram esse trabalho, não apenas como uma simples casa, mas uma “máquina para viver”, adaptável, dinâmica e em constante estado de redefinição.
A OMA propôs um volume bastante simples para a Casa de Bordeaux. Ele é organizado em três níveis, ou andares, que definem toda a organização espacial, assim como as elevações da edificação. O primeiro é visualmente mais pesado, como um labirinto fechado, onde se encontram os ambientes de atividades íntimas da família. E o segundo é mais transparente e serve para as áreas de estar, fornecendo amplas vistas para a natureza ao redor.
Já o último nível é o mais opaco. É nele que ficam todos os dormitórios. Esses ambientes são iluminados por meio de orifícios, de diferentes tamanhos, que foram recortados nas fachadas. Parece que este volume, mais ao topo, está flutuando sobre os demais. Mas, não, isso é apenas uma ilusão devido ao vidro transparente do segundo andar. A ligação entre cada setor fica por conta de um elevador e uma bela escada em espiral.