O terminal marítimo de passageiros de Fortaleza, projeto do escritório Architectus e construído pelo consórcio formado pelas empresas Constremac e Serveng Civilsan, embora com sua atividade-fim prejudicada: o calado (distância vertical da quilha do navio à linha de flutuação) do novo cais não permite o atracamento de embarcações de grande porte. Para isso é necessária a realização de uma dragagem corretiva. Projeto foi concebido para ocupação mista, contemplando também a organização de eventos, exposições, mostras e festas, usos predominantes nos dias atuais. Como o espaço deveria oferecer flexibilidade e permitir rearranjos de layouts, o escritório criou uma modulação estrutural e construtiva de 1,20 metro, com vãos de 8,40 ou 16,80 metros.
O pavimento térreo do terminal, onde se situa a parte de operação marítima, é formado por um saguão principal que pode ser dividido em três setores por meio de divisórias articuladas. Também nesse piso se encontram o controle alfandegário, órgãos públicos, vestiários de funcionários, depósitos do terminal e a gerência de operações junto ao apoio logístico.
Já no primeiro andar, para a principal demanda atual, estão as áreas multiúso, com salas diversas, espaço cultural, três bares voltados para a varanda oeste, dois restaurantes (um a oeste e outro a leste) e um terraço coberto ao norte. No mesmo piso se localizam o escritório da Polícia Federal, administração, Juizado de Menores, Delegacia do Turista, ambulatório, Anvisa e Vigiagro. Caso haja a expansão do terminal, esse pavimento também poderá servir como área de embarque por meio de pontes, ficando o térreo exclusivo para desembarque.