Quando eu morrer, eu
sei, tu escreverás
triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
e, pálida e fria, tu me cantarás.
triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
e, pálida e fria, tu me cantarás.
Nas quadras, refletida
se lerá
de como, vã e breve, a vida expira
e como em terra funda, dura e fria,
a vida, má ou boa, acabará.
de como, vã e breve, a vida expira
e como em terra funda, dura e fria,
a vida, má ou boa, acabará.
A seguir, nos tercetos,
tu dirás
que a morte é mistério, tudo fugaz,
verdadeira, talvez, a vida além.
que a morte é mistério, tudo fugaz,
verdadeira, talvez, a vida além.
Por fim porás a data,
assinarás.
E, relido o soneto,
ficarás
contente por tê-lo escrito bem.
contente por tê-lo escrito bem.
(Alexander
Searc)
- by Paloma Aimée Ferreira -