sábado, 14 de maio de 2011

BLOCOS DE ISOPOR - ESTRADA BR101

Veja abaixo o passo-a-passo da utilização dos blocos de EPS (Isopor) na ponte do Rio Preto, extensão 59,4Km, entrada do município de Lucena (PB), trecho da duplicação da  Rodovia BR101 - Corredor Nordeste, que tem 400km, indo de Natal (RN) até Palmares (PE). Largamente adotada nos Estados Unidos e Europa, a aplicação do EPS em estradas ainda é pouco conhecida no Brasil. O seu uso na estrutura resolve dificuldades com solos moles, substituindo o tradicional aterramento, e serve como base para receber o asfalto, evitando recalques na pista, comuns quando utilizado a terra neste tipo de solo.
                                                   (Preparação do terreno da cabeçeira da ponte para receber 7.000 m³ de EPS em blocos com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25 m de largura e 1 m de altura)
 
Neste trecho da BR 101, os blocos de EPS foram colocados na cabeceira da ponte em 5 camadas de 90 metros de extensão, em área de 1.430 m². Foram utilizados 1.400 blocos, cobertos por um filme plástico (PEAD) protegidos por concreto, sobre o qual se aplicou uma camada menor de aterro tradicional. Após essa etapa, outro pavimento de concreto foi colocado, com cerca de 44 cm concluindo assim toda estrutura.

 
 , (Primeira camada – assentamento de blocos no solo)
O bloco de isopor é resistente à compressão, bem mais leve que os outros materiais, proporcionando uma redução na pressão exercida em cima desses solos, tem baixo custo em comparação com outras tecnologias e é totalmente reciclável (sua decomposição levar cerca de 400 anos, o que garante a segurança e a estabilidade ao terreno onde foi aplicado.
                  
Um dos principais problemas na construção de rodovias é o chamado solo compressível localizado próximo aos leitos dos rios, que são camadas de aterros onde a presença de material orgânico é predominante, os blocos resolve essa baixa resistência nestas áreas.
(Nivelamento da primeira camada)
É a primeira obra em estradas da região que utiliza o conceito de aterro ultraleve, com aplicação de isopor em solos moles.
 (Terceira camada de blocos)


(Aplicações dos blocos - quarta camada).
                       
A elaboração deste projeto e acompanhamento da obra foi da Geoprojetos Engenharia Ltda.

(Conclusão da quinta camada e ínicio da concretagem sobre filme de PEAD e tela metálica)
Essa obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT/PB) e 1ºBatalhão de Engenharia de Construção do Exército.