domingo, 8 de maio de 2011

BEM QUE PODIA SE CHAMAR: MÃES E SUAS PEDRAS

Ficaram no passado as frases: "ser mãe é padecer no paraíso" ;  "ser mãe é desdobrar fibra por fibra os corações dos filhos". Os tempos são outros e a vida foi se arrumando de forma que conjugar trabalho com maternidade não causa culpa nem danos, trás equilibrio e clareza no espirito. Deixo aqui minha homenagem à minha mãe, com seus olhinhos atentos sempre rogando a Deus proteção para suas crias, e a todas as mulheres-mães-guerreiras. 

ANINHA E SUAS PEDRAS

 
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina), 1889 - 1985 - Nasceu em Goiás, doceira de profissão e poeta por dom, publicou o primeiro livro aos 75 anos de idade, e ficou famosa quando suas obras chegaram as mãos de Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha quase 90 anos de idade. Teve seis filhos, quinze netos e 19 bisnetos, membro efetivo de diversas entidades culturais, tendo recebido o título de doutora "Honoris Causa" pela Universidade Federal de Goiás.

Pesquisa feita na internet.