Quando fiz o curso de História do Mobiliário, onde estudei o Brasil Colonial, o Museu Carlos Costa Pinto foi por mim visitado muitas vêzes. Hoje lhe convido para ir comigo nesse fim de semana, para curtirmos juntos um pouco da história desse museu que luta para manter as suas portas abertas.
O projeto arquitetônico, as enormes portas que descambam para os jardins, o revestimento dos pisos e paredes, a iluminação, tudo remete àquele universo de luxo e ostentação. Seu acervo foi pacientemente reunido pelo colecionador baiano Carlos Costa Pinto, na primeira metade do século XX, com aquisições de bens de tradicionais famílias da cidade. Os objetos do museu contam aspectos da vida social baiana nos séculos XVIII, XIX e XX. A coleção de pratarias é considerada a maior do Brasil. O Museu se localiza-se na mansão da família Costa Pinto.
É um museu de artes decorativas, com acervo composto de finas louças, porcelanas, pratarias, jóias, compoteiras, licoreiras, queijeiras, castiçais e lustres de cristais Baccarat lapidados em ponta de diamante, que pertenceram às antigas famílias da aristocracia açucareira.
Carlos Aguiar de Costa Pinto, era casado com Margarida Costa Pinto, e foi ela quem realizou o sonho do marido, que faleceu antes de ver inaugurado o Museu Carlos Costa Pinto.
Os seus objetos de toucador, leques de tartaruga e madrepérola, porta-buquês de lava e coral, e suas jóias ela dando um exemplo de desprendimento, doou para a coletividade essa fortuna, preservando na Bahia, a memória de três séculos de arte, cultura e literatura.