Essas são as famosas “fitinhas do Senhor do Bonfim” e tem uma história tão antiga quanto a da Igreja. Pelos documentos descobertos, a data de criação das fitinhas é por volta de 1792. Quando foi criada, a fitinha do Senhor do Bonfim era chamada de “medidas”. Pois possuía o tamanho da medida do braço da imagem do Senhor do Bonfim. Na época a “medida” era feita de panos nobres bem parecidos com a seda, possuíam frases e imagens do santo. E a cada romeiro que visitava a Igreja era permitido levar uma “medida” como forma de levar um “pedaço” da devoção. Essas fitas são vendidas na porta da igreja e quem usa ao amaarrar no pulso dá três nós, para cada um deles um pedido, muita fé e eles são atendidos pelo Senhor do Bonfim.
A devoção ao Nosso Senhor do Bonfim começa ainda nas terras Lusitanas. E é trazida ao Brasil por Teodózio de Faria – capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa. Uma forte tempestade, seguida de naufrágio quase leva à morte o capitão português. Diante do desespero, ele faz uma promessa ao Senhor do Bonfim: se chegasse vivo a Portugal, traria uma imagem do santo e a sua devoção para a colônia. Assim começa a historia da fé ao Senhor do Bonfim em Salvador. Em 1745, na semana de páscoa, a imagem esculpida em cedro chega a capital bahiana.
Fica na Península de Itapagipe, na Baía de Todos os Santos, localizada no alto da Colina Sagrada, na Cidade Baixa. Essa igreja é ponto de romaria tanto para católicos quanto para seguidores do candomblé. A fachada, em estilo rococó é parcialmente coberta por azulejos brancos portugueses, que chegaram à igreja cem anos depois da construção.