sexta-feira, 8 de março de 2019

No Dia Internacional da Mulher, celebro algumas das mais importantes arquitetas e paisagistas do Brasil e do mundo!

O Brasil possui atualmente 167.060 arquitetos e urbanistas ativos e registrados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo. A maioria, 63,10% (105.420) são mulheres (105.420), enquanto 36,90% (61.640) são homens (61.400). Em 2018, os percentuais eram respectivamente de 62% e 38%. Essa predominância tende a aumentar nos próximos anos, uma vez que a parcela de mulheres entre estudantes é bem maior: 67%.


EILEEN GRAY (1878-1976)
De origem irlandesa, a designer autodidata desfrutou do sucesso nas décadas de 1920 e 1930, tendo projetado a mesa lateral E.1027 e a poltrona Bibendum. Aliás, a maioria de suas peças chamam atenção pelo mecanismo de dobrar e se transformar. Em 1922, ela abriu uma loja em Paris para comercializar seu trabalho, batizando-a Jean Désert. O motivo? Nomes femininos não despertavam seriedade na época.


LILLY REICH (1885-1947)
Embora tenha ficado conhecida como uma importante colaboradora do arquiteto Mies van der Rohe, a designer alemã tornou-se a primeira mulher a ajudar a liderar uma associação que defendia o design superior e o artesanato em bens de produção em massa. Dentre sua peças mais famosas, está o icônico banco Barcelona, que, embora seja creditado a Rohe, anos antes ela já tinha criado um protótipo do móvel.


CHARLOTTE PERRIAND (1903-1999)
Outra designer que ficou conhecida por ter colaborado com um arquiteto famoso, neste caso Le Corbusier, que a dispensou a primeira vez que lhe pediu emprego pelo simples fato de ser mulher. Mas, assim que ele viu seus trabalhos, ficou impressionado e a colocou como responsável pelo mobiliário e design de interiores de seus projetos. Ela também colaborou com Pierre Jeanneret e Jean Prouvé.


RAY EAMES (1912–1988)
Bernice Alexandra “Ray” Eames era artista plástica antes de conhecer o designer Charles Eames, com quem se casou e firmou uma parceria que resultou em algumas das peças de design mais reproduzidas do mundo, como as cadeiras DCW, LCW, a Eames Molded Plastic & Fiberglass Armchair e, é claro, a icônica Eames Lounge Chair. Seu marido disse certa vez: “Qualquer coisa que eu possa fazer, a Ray pode fazer melhor”.


LINA BO BARDI (1914 - 1992)
Resultado de imagem para lina bo bardi biografia
Quando se fala em grandes arquitetas brasileiras, o primeiro nome que surge é o dela. Apesar de nascida na Itália em 1914, a arquiteta se naturalizou como brasileira em 1951, onde se consolidou como referência na arquitetura moderna. Projetou sua própria casa, a Casa de Vidro, no bairro Morumbi, em São Paulo. A casa, que foi tombada como patrimônio histórico em 1987, virou referência de racionalismo artístico no Brasil e hoje abriga o Instituto Lina Bo e P.M.Bardi, que promove o estudo e a pesquisa nas áreas de arquitetura, design, urbanismo e arte popular brasileira.


ANNA CASTELLI FERRIERI (1920-2006)
A arquiteta e designer italiana esteve à frente de uma das empresas mais importantes do segmento: a Kartell. Especializada em mobiliário de plástico, principalmente peças moldadas por injeção, ela assina alguns dos produtos mais vendidos pela marca, como o Componibili, unidade de armazenamento modular empilhável fabricada até os dias de hoje, e a premiada cadeira 4870.


ZAHA HADID (1950 - 2016)

Resultado de imagem para zaha hadid biografia
Mulher e árabe naturalizada britânica, exemplo para todas as arquitetas que buscam um espaço no mercado. Seu nome é reconhecido e aclamado mundialmente por conta de seu design não linear, desconstrutivista, acompanhado de curvas, formas e perspectivas, sempre se inspirando na natureza. Foi a primeira mulher a receber o Pritzker, a maior premiação da arquitetura internacional, e também a medalha de ouro do Royal Institute of British Architects. Dentro das suas unimeras obras, a minha preferida é Centro Aquático de Londres, especialmente para as Olimpíadas de 2012.

 
ETEL CARMONA (1947)
A designer brasileira autodidata se especializou em móveis de madeira, resgatando as técnicas clássicas da marcenaria tradicional. Criou a Etel em 1988, atualmente considerada a marca de maior expressão em móveis de luxo do Brasil, com presença no mercado internacional. Dentre suas peças mais famosas estão os aparadores Vila Rica e Cacos e as mesas Três Marias.


PATRICIA URQUIOLA (1961)
Nascida na Espanha, a designer é um dos principais nomes contemporâneos do segmento, assinando peças para marcas renomadas como Moroso, Haworth, Driade e Glas Italia. Em 2001, abriu seu próprio estúdio e, desde então, coleciona prêmios e reconhecimentos de importantes publicações da Europa, incluindo designer do ano e da década. Suas peças fazem parte do acervo de museus e coleções.


INDIA MAHDAVI (1962)
De origem iraniana-egípcia, a arquiteta e designer abriu seu próprio showroom em 2003, em Paris. Como viveu em países diferentes, ela aplica a mesma diversidade em seus trabalhos, combinando humor, elegância e sensualidade. Além de assinar o interior de hotéis luxuosos e lojas e restaurantes sofisticados, cria móveis ousados, como a poltrona Charlotte e o sofá Nouvelle Vague.


CLAUDIA MOREIRA SALLES (1955)
Formada em desenho industrial, a designer carioca fundou seu escritório em 1988. Produz para as lojas Firma Casa, Etel, Dpot e Casa 21 e já realizou exposições individuais na Casa França Brasil e no Museu da Casa Brasileira. Suas peças são elegantes e funcionais, caracterizadas pelas linhas simples e equilibradas. Destaque para os bancos Tangente e Iracema e a poltrona Siri.


JACQUELINE TERPINS (1954)
A especialidade da designer e artista plástica paraibana é o cristal e o vidro, seja soprado ou plano, em peças que também podem ser confeccionadas com madeira laminada e Corian. Apostando no design minimalista e geométrico, abriu seu próprio estúdio em 2001. Dentre suas criações mais famosas, destaque para o Vaso Membrana I, a mesa de centro Degelo e o banco Preguiça.


CARLA JUAÇABA (1976)
Nascida no Rio de Janeiro, foi contemplada em 2013 com o prêmio ArcVision — Woman in architecture, foi a primeira brasileira a ganhá-lo. Seus projetos têm destaque internacional e ganham reconhecimento pela adequação no contexto sustentável. Essas mulheres são demais!