Imaginem se esse palácio tivesse sobrevivido até hoje?
Depois de aprovada com o aval oficial do Presidente General Ernesto Geisel, a demolição do premiado Palácio foi feita em 1976.
O valioso prédio começou a sucumbir: aos poucos, um importante pedaço da historia de nosso país começava a virar pó, pedra e escombros.
A empresa que foi contratada para demolir o Monroe pagou apenas CR$ 191 Mil (cento e noventa e um mil cruzeiros) com direito de venda de todo o material - com a venda do bronze e ferro do Monroe ela faturou nada menos que CR$ 9 Milhões. Tudo foi vendido… Vitrais, lustres de cristal, pinturas valiosas, estatuas de mármore de carrara e bronze, móveis em jacarandá a balaustrada de mármore. Havia uma escada de ferro em caracol que foi vendida pela pechincha de CR$ 5,00 (cinco cruzeiros), o metro. Sem contar muitas outras peças. Grande parte do piso, com mais de 2000 metros quadrados, foram para o Japão. Tudo por causa do tipo de madeira: peroba do campo. Seis dos dezoito anjos de bronze foram parar na fazenda de Luiz Carlos Branco em Uberaba, além de alguns balcões de mármore e vitrais. Os leões que ficavam na escadaria na entrada do Monroe hoje estão no Instituto Ricardo Brennand em Recife, Pernambuco.
E esse foi o triste fim do Palácio Monroe: o respeito pela historia de um país, pelo esforço de quem o projetou, do suor dos operários que o construíram e pelos apelos de inúmeras pessoas sensatas não foi sequer considerado, e o que nos resta agora são fotos, memórias, lembranças e lágrimas.
Palácio Monroe] já sendo derrubado com o monumento aos Pracinhas ao fundo.