"(...)
Eu tenho sobre a história uma ideia que está longe de ser a mais frequente.
Penso que, quem faz a história, não é o governo de uma nação.
Sou eu, a vizinha do andar do lado e
o merceeiro que está estabelecido com loja na esquina da rua 4.
É o par de namorados que passa de lambreta ou
o operário que vai para a oficina com a malinha do almoço.
É o poeta, é o pensador, é o cientista, é tudo toda a gente,
a que sai e a que fica em casa, todos todos, exceto os que compõem o governo.
Esses só têm uma atitude permanente, que é a de atónitos solucionarem,
ou verdadeiramente ou falsamente, os problemas que lhes são impostos(...)"
(António Gedeão)