domingo, 24 de julho de 2016

VIDA "MODERNA"

Sono tarde. Despertar cedo. Refeições apressadas. Estresse extremo. Trabalho demais. Busca do melhor, dos maiores lucros, sem nem saber quando, como e se gastá-los. Briga com os colegas. Este é o retrato que tenho tirado da vida "moderna" que levamos e a qual não sabemos para onde nos conduzirá. 

A começar pelo lar, onde cada cômodo possui uma TV e computador com internet, o mundo tem experimentado uma maneira muito louca de ser moderno: a era do isolamento e da pressa totais, tempo em que a velocidade - periogosamente - tem sobreposto à contemplação das coisas mais simples e necessárias. 

O nosso tempo é tão estranho, que não conhecemos nem mesmo nossos vizinhos. Os amigos, estes, ficqando marcando os dias para encontrá-los, e a ocasião parece não querer acontecer. É o trabalho que toma todo o tempo. É o tempo escasso que nos "engole" como se fosse um buraco-negro. Somo mesmo seres sociáveis ou essa concepção mudou? Preferimos a internet a uma boa conversa, porque nosso parceiro virtual também quer assim. E ficamos sentados - cada vez mais carrancudos, com problemas de visão e coluna, no mais profundo isolamento. E ainda temos a audácia de acharmos isso algo revolucionador. 

No trabalho, não há tempos para conversas. Afinal, "conversar" é perder tempo. E todos querem ganhar tempo, contraditoriamente gastando tempo, perseguindo o tempo, sem noção do tempo. os contratempos se destacam. Chegamos a casa na hora de dormir, acordamos na hora de sair. Mas não "saímos do lugar". 

Precisamos urgentemente rever esses vagos conceitos. O mundo - no todo - não melhorou e nem passa por um momento atualmente. Sacrificar vidas ou modificá-las para pior em nome do "desenvolvimento" não convence mais, visto que as crises têm sido constantes e em intervalos cada vez mais menores no planeta. A correria, a falta de relacionamento presencial e a isolação não são - decididamente - atitudes concretas, e o caos em que nos inserimos comprova essa falta de direção pela humanidade. Abandonemos essa vida "moderna" e retomemos hábitos que nos faziam bem melhores do que hoje. Caso contrário, poderemos apressar a nossa própria extinção.