O que o senhor pensa sobre esse movimento de pessoas que se aquartelam em condomínios com tudo dentro?
"Essas pessoas que se aquartelam têm que entender que estão andando na contramão da história. Elas podem se proteger com grades, com carros blindados, mas estão caminhando para a falência da cidade. Se não acreditam na cidade, elas não precisam morar nela. Poderiam ir morar no mato. Essa é uma forma de usar a arquitetura como forma de segregar. As pessoas têm que encarar a cidade como um espaço seguro. É importante que uma pessoa endinheirada freqüente o Centro Histórico, assim como uma pessoa pobre."
* Opinião do arquiteto mineiro Marcelo Ferraz, 59 anos, propõe agora um modelo de revitalização para a Rocinha do Pelourinho (Salvador / Bahia - Brasil), que inclui os moradores, ao invés de removê-los da paisagem.