Salvador, 24 de fevereiro de 2012,
Prefeito João Henrique,
Eu, cidadã da Baía de Todos os Santos, estou curiosa sobre a origem do seu estado de alegria incontrolável. Querendo descobrir que energia moveu seu corpinho no trenzinho carnavalesco do Festival de Verão. De quem o senhor corria no calçadão de Copacabana (RJ), quando o motim da PM me fez correr para dentro de casa, em Salvador? Com que relaxamento o senhor dançou atrás do Chiclete com Banana no Carnaval? Confesse, prefeito, por que o senhor está tão feliz? É apenas a troca de Maria Luiza por Tatiana e a vivência fugaz da paixão? É a felicidade de atingir o quarto partido político, o PP, depois de passar pelo PSDB, PDT e PMDB? É a possibilidade de aprovar as contas rejeitadas pelo TCM na Câmara de Vereadores, escapar da Ficha Limpa e se candidatar a alguma coisa? A Sociedade sustenta o senhor há mais de vinte anos, Prefeito João Henrique. Para nada. Há quem diga que o senhor sempre foi assim, alegre como um bobo da corte, e que está em seu estado natural. Há quem garanta que o senhor usou a religião e os evangélicos para chegar ao Poder e nele permanecer por todos esses anos. Há quem diga coisas horríveis, Sr. Prefeito, que eu não vou repetir, mas que estão aí, espalhadas pela Rede. De qualquer maneira, eu, e os demais soteropolitanos aos quais o senhor deve um metrô, uma orla, uma política para a cultura, uma cidade limpa e a perda de uma porcentagem monstruosa de auto-estima, gostaríamos de saber.
(Aninha Franco)