"...A princípio queria fotografar a 'Paris dos parisienses', como eu imaginava que eles viam a própria cidade. Depois tornou-se um ensaio descompromissado, daqueles em que produzimos quando a fotografia é amadora no conceito literal da palavra, quando efetivamente se define em amor pelo que fazemos, e não por regras e conceitos pré-definidos. Andava sem rumo, olhava a luz e sua fiel companheira sombra. Clicava e reclicava os mesmos becos, os mesmos recantos. Caminhava. Voltei para o tropicalismo e estas imagens adormeceram no arquivo. Até o momento em que as vi novamente e, sob outra luz que no final é a mesma, percebi que estas fotografias podem ser compartilhadas, podem remeter às pessoas sensações e lembranças, podem iluminar cantos e paredes, podem decorar.Em outros ambientes, lares e trabalhos, sobre outros móveis iluminados por outras luzes, os infinitos tons de preto e branco se reconstróem, fragmentam nas recordações de quem os observa e surge uma nova fotografia na imaginação do olhar."
(Transposição de um trecho da Introdução do livro de *Adriano Gambarini, PARISiensis)
As fotos em preto-e-branco de Paris mexeram comigo, fiquei cheia de saudade e nostalgia, de uma Paris perdida no tempo e no espaço. Isso é arte. E em você, qual o efeito que elas causaram?!!
* Adriano Gambarini é fotógrafo, geólogo, espeleólogo e mergulhador. Uma referência em fotografias de cavernas nos últimos anos. Colabora com as principais revistas do país e tem fotos publicadas em diversas versões da National Geographic e GEO Magazine. Autor de 07 livros fotográficos e 02 de poesia, possui 50 mil imagens de biodiversidade e cultura do Brasil, Antártida e 17 países.
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