domingo, 24 de fevereiro de 2019

Manoel de Barros

Vi um prego do Século XIII, 
enterrado até o meio numa parede de 3x4, 
branca, 
na XXIII Bienal de Artes Plásticas de São Paulo, 
em 1994.
Meditei um pouco sobre o prego.
O que restou por decidir foi: 
se o objeto enferrujado seria mesmo do Século XIII ou do XII?
Era um prego sozinho e indiscutível.
Podia ser um anúncio de solidão.
Prego é uma coisa indiscutível.