domingo, 10 de junho de 2018

(Nara Rúbia Ribeiro)

Sou devedora da Humanidade inteira.
Por isso, toda a dor do mundo me pertence
E não há sangue humano que não seja meu.

Sei, contudo,
Que não tenho olhos de medir
As engrenagens do Tempo.

Aquilo que o Eterno engendra
Não cabe na minha agenda.
E Ele me empresta os passarinhos
E a ternura das estrelas mortas.

Então caminho em paz pela vida,
Mesmo que a estrada me pareça torta.