quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

SAN FRANCISCO FEDERAL BUILDING - CALIFÓRNIA (USA)

Assisti uma reportagem em um canal de TV a cabo esta semana sobre essa obra, fiquei impressionada com a propriedade fundamental do edifício: transformação. Ele é imenso, com um brilho suave, enrolado em aço e vidro, durante o crepúsculo é transparente, ao meio do dia é fechado contra o sol. De noite, a fachada escura parece recuar a favor da escultura de luz de quatro pisos situada no átrio exterior.
Os agentes federais são acolhidos sobre a Mission Street com o novo Edifício Federal de San Francisco dos Morphosis. Imenso, com um brilho suave, enrolado em aço e vidro, vê-se à distância.
Este edifício tem uma percepção diferente para cada observador, dependendo do seu posicionamento. O design vai além dos espaços funcionais. Os átrios criam padrões de acessos/saídas que encorajam uma familiaridade e mudança enquanto ambicionam suavizar a divisão dos departamentos.
A cafetaria, o pátio externo público e um espaço de exposições, são elementos importantes que tencionam criar um edifício que contribui para a vida pública. Até o super gráfico com o número 100, de 12.40m (40 pés), sobre o passeio é um marco na sua entrada na entrada.
Composto por camadas de opacidade e transparência, que quebra os limites das paredes verticais, este sinal baliza o edifício e a instituição. As várias vigas suspensas com reentrâncias sugerem movimento.
Os Morphosis deslocaram o átrio principal do interior para o exterior de forma a criar um espaço para 1000 pessoas com mesas de café que serão partilhadas entre visitantes, trabalhadores e público em geral. Este átrio é ativado por uma extraordinária instalação pública, de nome MOTORDOM, do aclamado artista internacional Keith Sonnier, que se integra nos quatro andares, enchendo-os com meio metro de néon e tubos, dispostos em faixas horizontais vermelhas e azuis que imitam os faróis das estradas californianas.
Os ciclos dos padrões de luz num ritmo lento, mas observável de cinco minutos, preenchem e animam o espaço exterior do átrio, prolongando-se simultaneamente através da cortina de vidro.
A fachada dupla virada para a rua em painéis de alumínio perfurado, que abrem e fecham mecanicamente num padrão contínuo, permitindo variantes na fachada, protegendo o interior do sol e dando aos trabalhadores várias vistas do exterior.
A fachada sul é inteiramente coberta de células foto voltaicas que irão gerar aproximadamente 5% da energia do edifício. O design dos Morphosis foca os temas da abertura, da interacção e sustentabilidade.
Os elevadores operam numa base “skip-stop” (sistema que permite que os elevadores não sejam contínuos), que abrem para mini átrios localizados em cada terceiro andar: um método que acelera a circulação vertical, estabelece pequenas reuniões interiores.
O edifício estabelece um novo marco para o uso inteligente dos recursos naturais nos Estados Unidos.
O processo de design uniu uma equipe de peritos internacionais em sustentabilidade e ventilação natural, incluindo o Laboratório nacional Lawrence Berkley, onde os seus especialistas contribuíram com simulações computorizadas detalhadas do ambiente interior.
A maioria dos espaços tem acesso direto à luz do sol, reduzindo drasticamente o consumo de eletricidade, e mais de 70% da estrutura é arrefecida por meios de ventilação natural. Presentemente as instalações do Governo Federal usam 1.5% do total de energia consumida nos Estados Unidos.
Principal fonte: http://www.construlink.com