domingo, 30 de setembro de 2012

A MINHA MELHOR AMIGA

Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás
triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
e, pálida e fria, tu me cantarás.

Nas quadras, refletida se lerá
de como, vã e breve, a vida expira
e como em terra funda, dura e fria,
a vida, má ou boa, acabará.

A seguir, nos tercetos, tu dirás
que a morte é mistério, tudo fugaz,
verdadeira, talvez, a vida além.

Por fim porás a data, assinarás.

E, relido o soneto, ficarás
contente por tê-lo escrito bem
.

(Alexander Searc)
 
- by Paloma Aimée Ferreira -