segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CASA E ATELIÊ - LUIS BARRAGÂN (TACUBAYA / MÉXICO) - 1947

A postagem de hoje é sobre um dos maiores arquitetos do mundo Luis Barragân, com ele homenageio o "Dia dos Mortos" do México, que tem sua origem indígena, e é bem diferente desse dia mui triste aqui no Brasil. Os mexicanos celebram o alegre reencontro com aqueles que já partiram, numa cerimônia coletiva com duração de 24 horas. As oferendas deixadas nos túmulos por familiares carregam simbolismo e identidade para compartilhar os bons feitos obtidos durantes o ano em que o morto esteve ausente. 

Esta é a Casa-estúdio do arquiteto mexicano Luis Barragán Morfin (1902 a 1988). construída em 1948, representa uma das obras contemporâneas de maior transcendência no contexto internacional, como a UNESCO reconheceu no ano de 2004 ao incluí-la na Lista de Património Mundial. Único imóvel individual na América Latina que mereceu essa distinção, por ser uma obra de grande mestria dentro do desenvolvimento do movimento moderno.

Foi implantada num lote situado em um subúrbio da Cidade do México, com características de cidade do interior; o alto muro que conforma a rua e estabelece clara separação entre o espaço público e o âmbito doméstico, à maneira árabe, a pintura com o tom chamativo amarelo cromo, e o reboco de textura áspera.

Sua obra pode ser denominada como surrealista, minimalista ou um pós-modernista.

A influência de Luis Barragán na arquitetura mundial continua a crescer diariamente, e a sua casa, conservada até hoje como quando a habitou até a sua morte (1988), é um dos locais mais visitados na Cidade do México por arquitetos e apreciadores de arte de todo o mundo.


Em 1980, o arquiteto Luis Barragãn recebeu o Prêmio Pritzker que é o mais prestigioso concedido na trajetória de um Arquiteto, concedido pela Fundação Hyatt.


“En mis jardines, en mis casas siempre he procurado que prive el plácido murmullo del silencio, y en mis fuentes canta el silencio.”

“Sólo en íntima comunión con la soledad puede el hombre hallarse a sí mismo. Es buena compañera, y mi arquitectura no es para quien la tema y la rehuya.”

Esta casa incomum parece uma obra feita por Pablo Picasso e depois vandalizada por Salvador Dali e pintada por Claude Monet. O museu compreende a casa e o estúdio de Luis Barragán, é propriedade do Governo do Estado de Jalisco e da Fundação de Arquitetura Tapatía Luis Barragán.



Muito hábil no uso de cores vibrantes


Acesso


Vestíbulo


Vestíbulo 1


Estar


Ante sala


Sala de música com a escadaria que dá acesso a biblioteca


Biblioteca


Ateliê/Escritório que aproveita a incidência solar matutina para banhar de luz o ambiente através de uma clarabóia no alto.


Local para pausa do mestre




Sala de Jantar onde a mesa está encostada na parede, colocada assim de propósito para ter uma só cabeçeira, já que o arquiteto gostava ser o único a presidir as refeições.



Pela sua religiosidade não pódia faltar o quarto de Cristo


Dormitório principal






Quarto branco


Quarto de hóspedes (observe a janela em cruz)



Casa Barragán é feita de uma arquitetura de planos, com manipulação das alturas para conseguir o volume adequado à natureza funcional e ao tamanho das diferentes peças. A eliminação de corredores e a multiplicação de portas por peças permite conciliar uma experiência de fluidez espacial com uma autonomia de recintos.