PERGUNTA DE KAREN WASEM POR E-MAIL:
- Estava na net procurando ajuda para um trabalho da faculdade (faço arquitetura, que amo e que me apavora), encontrei seu blog, que achei fantástico e vou passar a seguir. Vi sobre a ponte da Normandia e fiquei pensando que talvez você poderia dar uma ajuda no meu "projeto de arquiteta", e me orientar. Tenho que fazer uma maquete com o tema "Arquitetura futurista" (os escritórios de arquitetura estão bombando e é um tipo de arquitetura que cada vez mais esta em destaque e não são mais novidades). A professora deu a dica: estádios de futebol. Quero fazer algo diferente. Me dê uma dica, um exemplo ou mesmo somente me explicar a aplicação das superfícies em projetos. -
RESPOSTA:
A arquitetura futurista, esta cada vez mais em destaque. Veja, por exemplo uma escola dinamarquesa Orestad College, ou pesquise na internet algo feito por arquitetos holandeses (gostam de inovar, tem tecnologia e ninguém pensa no custo final da obra). Tem também um artigo do meu blog, para servir como fonte de inspiração, onde tem uma estudante de arquitetura gaúcha que fez algo incrível baseada nas construções indígenas (Ecocasa - Jardim Botânico de Porto Alegre - RS / Br).
Complementando, segue abaixo uma obra realizada entre os anos de 1929 e 1935, projeto do engenheiro naval Angelo Invernizzi (na época tinha o sonho insano de ter uma casa que seguisse o movimento do sol). É a Villa Girasole (arquitetura funcionalista), que fica em Marcellise (Verona - Itália), envolveu técnicas bastante complexas.
Vista aérea da Villa Girasole.
O edifício é composto por duas partes, uma base circular de 44 metros de diâmetro e um bloco rotativo com dois pisos em forma de "L" na parte superior.
As duas partes estão unidas no centro por um elemento pivotante com a forma de uma torre de mais de 40 metros de altura, semelhante a um farol. O conjunto assemelha-se muito a um relógio em que a parte rotativa corresponde aos ponteiros.
Para mover esta massa de cerca de 5000 m3 e 1500 toneladas, o engenheiro inventou um sistema de 3 carris circulares acoplados à cobertura do edifício-base onde deslizava um conjunto de 15 "patins" solidários com o edifício superior.
A energia era fornecida por dois motores diesel que proporcionavam o deslocamento a uma velocidade de 4mm por segundo, permitindo descrever uma rotação completa em 9 horas e 20 minutos, bem mais que o necessário para seguir o movimento do sol.
Hoje em dia a Villa Girasole é propriedade da Fundação Invernizzi e da Academia de Arquitetura de Mendrisio (Suíça).