Danço em qualquer lugar,
entre mares e velas,
danço entre cabos e roldanas,
com o feijão no fogo também danço.
Para quem passa, para quem fica,
danço por pura teimosia,
danço por hábito,
para se fazer um fato,
ao contrário do que dizem a maioria minha alma não grita,
ela quieta dança,
constante, continua...
como uma folha de coqueiro ao vento,
como uma bailadora de flamenco ao se preparar para o último ato.
No compasso da respiração ofegante,
danço.