quarta-feira, 24 de março de 2021

Iluminação em ambientes com espelhos? Conheça 4 dicas para realçar a decoração

Na esteira do aquecimento do setor de construção civil, as áreas de arquitetura e decoração vêm registrando aumento no número de projetos. As restrições sociais provocadas pela pandemia têm estimulado as reformas de interiores, com destaque para os projetos de iluminação. Como as decorações com espelhos estão em alta, a Expolux consultou um especialista para mostrar como escolher as peças certas para equilibrar luzes e reflexos.

Alberto Biancalana, arquiteto luminotécnico e especialista em Lighting Design (LD), explica que os espelhos têm várias funções nos projetos de decoração – a mais conhecida é proporcionar a impressão de um ambiente mais amplo. O material também virou sinônimo de sofisticação. Mas, em propostas que incluem iluminação, alguns cuidados precisam ser tomados, tanto por profissionais quanto pelos contratantes, para evitar projeções erradas e reflexos que possam causar incômodo ou comprometer a estética do ambiente. Confira algumas dicas do profissional:

 

  1. Atenção com o fluxo luminoso:

Em projetos que envolvem a instalação de Led em espelho é importante que o feixe de luz tenha baixa intensidade, porque ela incide diretamente no campo visual da pessoa. “Nesse caso recomendo o trabalho com luzes que variam de 200/400 lúmens, ou seja, uma fita de 4.8 a 6 watts por metro, e a utilização de um sistema de controle para não gerar ofuscamento”, aconselha Biancalana.

 

  1. Cuidado com o ofuscamento:

Para solucionar esse problema, que pode comprometer a proposta decorativa dos ambientes internos, o lighting designer indica o uso de um difusor leitoso para aumentar a área de superfície da luz, evitando também o risco de luz rebatida, no caso de um chassi de espelho iluminado (aquela luz que fica atrás do espelho).  “Se a proposta inclui um downlight (luz embutida no teto) no banheiro, por exemplo, é interessante ter um sistema difusor, que funciona como uma cúpula que expande um ponto luminoso, abrangendo uma área maior. Dependendo do tamanho do local, é possível também incluir uma tela tensionada (lona que possibilita fazer grandes superfícies luminosas) por todo o ambiente ou por cima da bancada, ou um perfil com difusor leitoso um pouco mais largo”.

 

  1. Spots em espelho:

Outro ponto de atenção é o uso de spots.  Se for trabalhar com o produto em cima do espelho, segundo Biancalana, “o ideal é utilizar no mínimo duas unidades para ter uma sobreposição de feixes e evitar luz forte que impossibilita a pessoa de ver seu reflexo”. Ele acrescenta que o ideal é a luz estar incorporada ao objeto para melhor resultado.  

LD alerta para não direcionar a iluminação diretamente no espelho para evitar a reflexão de 45º projetando os feixes para outros locais. “Não se projeta luz para o espelho. Nossa função é iluminar o ambiente, enquanto o objeto reflete esse ambiente iluminado”.

 

  1. Espelhos de maquiagem

A atenção deve ser redobrada neste quesito. Isso porque a percepção das cores usadas na maquiagem varia conforme o espectro de luz. Neste sentido, é comum as pessoas se maquiarem em um ambiente com determinada iluminação e quando chegam em outro local, percebem resultados diferentes. “Não adianta a pessoa fazer aquela maquiagem sob luz fria com temperatura de cor alta para sair para um ambiente noturno de cor quente, terá diferença”.

Para solucionar a questão, o recomendável é o uso de cores quentes com tons como avermelhados e azulados, além disso, “é interessante ter um sistema CCT (Color Control Temperature) que possibilita ajustar a temperatura de cor para imprimir as tonalidades de maquiagem desejadas. Em uma make para o dia, para um ambiente interno, basta ajustar aquela luz para ter melhor resultado das cores”, finaliza. 


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