A tecnologia é capaz de coletar diversos tipos de detritos, incluindo garrafas plásticas, linhas de peixe e bitucas de cigarro. Esses três itens são reconhecidamente como problemas reais para os oceanos. No ano passado, um estudo chegou a afirmar que a bituca de cigarro é a contaminante número um dos oceanos, e não o plástico. Já um relatório da ong World Animal Protection garante que 10% do lixo plástico vêm de pesca fantasma: redes de arrasto, linhas, anzóis, potes e gaiolas.
Batizada de Seabin, o dispositivo flutuante, foi criada por uma dupla de australianos, é equipado com um reservatório e ligado a uma bomba. Seu funcionamento é simples: ele suga a água, os resíduos ficam presos no compartimento e a água limpa volta ao mar.
O sistema está sendo usado na Baía de Kotor, em Montenegro, que foi tombada pela Unesco como patrimônio natural, mas que, possui um nível de poluição de plástico acima da média, em comparação com as praias europeias. Por lá, o Seabin funciona 24 horas por dia para capturar o lixo que entraria no sistema oceânico.
A lixeira flutuante pode capturar 1,5 kg de detritos por dia, dependendo do tempo e do volume, incluindo micro plásticos de até 2 mm de diâmetro. “Durante os primeiros seis meses de testes, coletamos cerca de 800 quilos de detritos flutuantes orgânicos e não orgânicos”, disse o gerente da Marina de Porto Montenegro, Roddy Blair.
Enquanto limpa, ainda coleta dados sobre o estado dos cursos d’água. A ideia é compartilhar essas informações para contribuir na criação de mais esforços de limpeza das águas no mundo todo. Já existem 400 unidades Seabin em 23 países e cada um contribui para reunir informações vitais sobre o problema da poluição oceânica. Confira abaixo um vídeo do sistema em ação: