A medida parte do princípio que não faz sentido algum continuar aplicando as mesmas condições para dois tipos de veículos tão diferentes.
A prefeita Valérie Plante promete melhorias no ciclismo da cidade. E suas ideias estão de total acordo com a Conselheira Marianne Giguère, responsável pelo desenvolvimento sustentável e transporte. Para Marianne, de acordo com as atuais leis, a mensagem aos que pedalam é que eles precisam ser tão cautelosos com a bike quanto os que dirigem o carro “mesmo que você [ciclista] seja muito menos perigoso”.
Dentro das propostas, os ciclistas teriam permissão para seguir os sinais de trânsito destinados aos pedestres. Ou seja, podiam virar em uma rua mesmo que o sinal esteja fechado.
Lei divide opiniões
Como é de se imaginar em um projeto do tipo: não há consenso. Os críticos afirmam que a ideia “recompensa” o comportamento dos ciclistas que violam as regras e que deve haver uma lei para todos. Alguns creem que Montreal não está preparada para tal mudança. Por outro lado, há muitos defensores.
“Queremos equidade no código de segurança, não igualdade”, diz Suzanne Lareau, diretora-chefe da Vélo Quebec (organização sem fins lucrativos que incentiva o uso da bike como meio de lazer e de transporte). “Uma bicicleta [não tem] tanto peso como um carro, você não vai tão rápido como um carro, você tem melhor visão periférica. Não é o mesmo e temos que levar isso em conta quando administramos a lei”, afirma.
Pedalando longe
Montreal inaugurou a primeira faixa exclusiva para bicicleta ainda nos anos 80. Segundo o Treehugger, o município, desde então, trata as bikes como um meio de transporte separado e se alinha com o que aconteceu em Copenhague e Amsterdã.