O Museu Rodin Bahia, situado próximo ao Corredor da Vitória, no bairro tradicional da Graça, onde mora a elite bahiana, foi a primeira unidade fora da França. Implantado num antigo palacete "Comendador Martins Catharino", que é uma das mais belas edificações tombadas pelo Patrimônio Histórico de Salvador, construído em 1912 (século XIX). Projeto de restauro e anexo, escritório Brasil Arquitetura, dos arquitetos Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
No jardim à entrada, La Martyre (Rodin, 1885):
O jardim com seus caminhos em meio à vegetação tropical é o centro de encontro através da arte e da cultura. Com seu calçamento em pedra portuguêsa xadrez branco e vermelho de onde se ergue Jean de Fiènnes nu (Rodin, 1886).
À entrada do Museu a bela fachada e o amplo jardim que abriga quatro obras originais de Rodin: Jean de Fiennes (um dos componentes do famoso monumento Os Burgueses de Calais); Torso da Sombra (Torse de l’Ombre); A Mártir (La Martyre) e O Homem que anda sobre a Coluna (l’Homme qui marche à la Colomne).
A mansão de estilo eclético foi selecionado pela relativa semelhança com o Hotel Biron, local onde está instalado o Museu Rodin Paris (edificação do século XVII).
Ao nível do jardim, as instalações abriga um café e uma loja. O subsolo abriga as utilidades, as áreas dos funcionários e as áreas técnicas.
Concebido com um bloco totalmente independente, o anexo é uma caixa em concreto aparente, integrado ao antigo casarão por uma passarela de concreto protendido, suspensa a 3m do chão, Preservando a escala e a espacialidade do bem tombado, o novo edifício consegue se impor visualmente ao conjunto.
A perfeita integração dos dois blocos com diferença de idade de um século: cada um, ao seu tempo, expressando uma técnica e um modo de construir, de morar, de usufruir o espaço. Ambos com personalidade própria, envolvidos por um jardim tropical que os une.
As características originais do casarão foram mantidas. Os elementos, equipamentos de climatização e de iluminação foram introduzidos de maneira discreta em seus espaços.
Acréscida de mais um lance à escadaria existente para acesso ao sótão onde funciona a administração do Museu. Seus pavimentos principais (o 1º e o 2º pisos) serão dedicados essencialmente à exposição da coleção Rodin, e o pavimento térreo abrigará as atividades educativas e o acolhimento.
O bloco mantém uma distância da mansão e, guarda uma relação de escala com o mesmo.
O volume construído no terreno, com área similar à do Palacete, veio somar ao existente, formando um conjunto articulado para ser livremente desfrutado pelo visitante.
Tem um sistema de circulação vertical no Palacete na parte posterior da edificação, Um volume de concreto aparente encaixado no edifício histórico contendo escada e elevador liga os três pavimentos de acesso público.
A passarela externa ao caixilho e os mezaninos que o circundam oferecem diversos ângulos para a observação do que ali se expõe. No térreo e no piso superior, espaços expositivos menores, que o complementam. O núcleo central se desdobra através de um grande pano de vidro, em um pátio externo, que se integrar às áreas expositivas do conjunto.
O museu destina-se a promover a divulgação, o conhecimento, a compreensão e a apreciação da obra do renomado artista Auguste Rodin em sua dimensão universal, e interação com as matrizes estéticas brasileiras. Esse será o eixo a partir do qual a instituição atuará no incentivo ao desenvolvimento das artes no Estado - notadamente a escultura.
Tudo começou quando o diretor do museu Rodin Paris, veio conhecer Salvador e se apaixonou pela cidade, impressionado pela vitalidade da diversidade cultural. Em 2002 foi firmado o acordo entre o Ministério da Cultura e Comunicação da França e o governo do Estado da Bahia para a implantação do Museu Rodin Bahia. Os projetos pedagógicos constituí uma das principais prioridades de ação do museu. Dando aos jovens acesso a uma educação artística de cunho holístico e prazeroso. São oferecidos cursos, palestras, proposições de jogos educativos e visitas guiadas. O site do museu - www.rodinbahia.com.br - outra poderosa ferramenta educacional e de intercâmbio entre a instituição e seu público.