Uma vez, perguntou-se, em minha presença,
em que consistia o maior prazer do amor. Alguém naturalmente respondeu:
"em receber".
E um outro:
"em dar-se".
Um outro ainda:
"prazer de orgulho".
E mais outro:
"volúpia de humildade".
Houve, por fim, um descarado utopista que afirmou que
o maior prazer do amor era o de formar cidadãos para a pátria.
Quanto a mim, digo:
a volúpia única e suprema do amor está na certeza de fazer o mal.
E o homem e a mulher sabem, desde o nascimento,
que no mal se encontra toda a volúpia.