No Japão, o arquiteto Keisuke Maeda, do escritório "ÜID ARCHITECTS", buscou inspiração nas moradas pré-históricas para dar abrigo ao casal de proprietários e seu filho. Tem 138 m² bem-iluminados, a Pit House renova o conceito das habitações semienterradas que existiam em tempos remotos.
O projeto integra o ambiente montanhoso da região de Tamano (Okayama), por meio das formas simples e puras, e aos materiais sem acabamentos que não escondem suas tonalidades originais. A madeira é o elemento predominante, revestindo paredes, teto e o exterior da casa. Além desse material, há bastante concreto aparente e vidro. Muitas aberturas, o volume retangular do piso elevado, flutuante, apoiado sobre 50 hastes estruturais feitas de aço.
Os cômodos se distribuem em seis níveis, na prática, é pequena a diferença de altura entre vários deles. Elevado um metro em relação ao passeio, o térreo concentra as áreas comuns, uma cozinha circular encerrada por uma grande bancada de concreto. Acima dela, um mezanino, também com um recorte curvo. Lá ficam os dormitórios do casal e da criança, sem qualquer tipo de divisória entre eles. Uma solução ousada que, no Brasil, apareceu nos anos 1960 e não funcionou.
No centro do volume, um cilindro de concreto que desempenha um papel estrutural de sustentação, além de abrigar as escadas e a despensa. Muitas das paredes são curvas, e os espaços, circulares, o que garante um ar de modernidade.
Os ambientes parecem se transformar uns nos outros, numa continuidade. Do mesmo modo, o exterior é levado para dentro por meio da iluminação e dos visuais.
A casa é aconchegante, mobiliário minimalista (os banquinhos e cadeiras de Alvar Aalto ao redor da mesa da cozinha).