sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CAFÉ DE FLORE - PARIS / FRANÇA

172, Boulevard St Germain 75006 (Paris, France) +33 1 45 48 55 26
Quando em Paris esitve num dos seus principais cafés, Café de Flore, junto ao cruzamento da igreja de Saint-Germain-des-Prés, no bairro do mesmo nome da igreja, um dos pontos preferidos da boemia artística (jovens poetas, pintores, cantores, fotógrafos e cineastas de vanguarda) e da elite intelectual. Sentei numa mesa redonda na área do terraço que é climatizada, numa cadeira de palhinha, pedi um capuccino com bolo de chocolate, e ali fiquei
vendo a vida passar, as pessoas, até meu cansaço se foi junto com a tarde.

Em Saint-Germain-des-Prés houve um encontro entre o charme de um cenário, que favoreceu a convivência entre os escritores, e uma nova filosofia, o existencialismo.
Construído sobre a antiga abadia de Saint-Germain-des-Prés, esse Café abriu suas portas em 1885. Aos poucos a literatura se instalou por lá, nos idos de 1917, Guillaume Apollinaire adotou o café onde encontrava seus amigos André Salmon e André Rouveyre, colaboradores da revista Les Soirées de Paris, Philippe Soupault, André Breton e Louis Aragon entre outros.
No final de Primeira Guerra Mundial a reputação do Café já estava estabelecida. Lá Tristan Tzara comandou reuniões do movimento Dadá. Os editores frequentavam regularmente o local que em 1939 tinha se tornado um dos melhores observatórios da atividade literária da época.
Um cliente assíduo, Jean-Paul Sartre se refugiava no café para escrever "O Ser e o Nada", a obra fundamental da teoria existencialista e era lá que ele e Simone de Beauvoir passavam horas com seus amigos. Também no café foram redigidas obras como "Sous le signe de Flore" de Charles Maurras, e segundo a lenda, muitos outros escritores redigiram suas obras no café por ser um dos únicos lugares aquecidos de Paris durante a guerra.
No Flore se iniciou e foram pensados vários movimentos intelectuais, como o "Liberté Chérie", criado em 2001.
Esse movimento é uma associação de federações francesas com uma apelação chamada " Liberté, j'écris ton nom" com idéias baseadas na obra "Liberté" de Paul Éluard.