segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MUSEU DO QUAI BRANLY (PARIS - FRANÇA)

Museu do Quai Branly inaugurado em 2006, é um projeto do arquiteto Jean Nouvel, que mais parece uma  embarcação ancorada às margens do rio Sena (Paris - França). É composto de três edifícios: o museu, a administração (com fachada vegetal, já falei dele anteriormente aqui no blog) e o imóvel dedicado às coleções e livraria, na Rue de l´Université, com suas pinturas aborígenes. Tem vinte e três espaços interativos e oito instalações multimídias. O terreno em curva, ao longo do Quais Branly e do rio, fica a 100m da Torre Eiffel, com uma visão incrível e o espaço ocupado, pasmem, foi de apenas 800m2, deixando para o jardim, projeto de Gilles Clément uma área de 18 000 m2.
Resultado: é um edifício concebido como uma obra de arte contemporânea misturando palco, mezaninos, passadiços e etc. Toda a fachada envidraçada da coleção permanente é protegida por um filme serigrafado por pontos, aplicado na face externa. Essa técnica torna a serigrafia invisível, quando olhada pelo interior e oferece ao espectador uma visão não nublada dos vidros. Os brise soleil externos em metal desdobrado são conectados a um controle elétrico.  Só visitando para ter noção desse conjunto.
Construídas com vigas de sustentação e perfis curvos em aço galvanizado, as plataformas são apoiadas por colunas tubulares e recobertas com um assoalho de placas metálicas.

Espalhados de forma aleatória na fachada vinte e seis nichos de exposições são posicionados em balanço sobre os elementos de suporte dos pisos, em diferentes tamanhos.  Essas caixas lembram a projetada por Carlo Scarpa na entrada do Castel Vecchio (Verona - Itália). Montados no solo, em estrutura metálica, recebem uma laje e revestimento isolante do tipo painel sanduíche (placas externas de aço com interior em poliuretano).

Cobertos por um dégradé de oito cores que vão do marrom ao vermelho, apenas um número limitado de brise soleil do lado oeste é pintado de branco, simulando uma erosão da fachada. O dégradé de vermelho também é utilizado na face inferior do edifício.

Na estrutura foi construído um teto falso onde passam a fiação e condutos de ventilação. Com espessura de + ou -  dois metros, é constituído por grade de painéis suspensa à estrutura.

Na extremidade oeste, no primeiro piso, surge na parte posterior o platô das exposições temporárias, que se apresenta como um volume semicircular torcido sobre si mesmo, com três linhas de painéis, feitos de vidros curvos serigrafados e escamas metálicas brancas, formando um brise soleil que se eleva em movimento de varredura (os vidros ficam posicionados perpendicularmente e refletem uma luminosidade discreta no interior.

A imagem se sobrepõe ao perfil das árvores do jardim, dando uma impressão de mescla entre a realidade e a ficção.

Existe um dialogo da dama de ferro de Eiffel  a  morfologia do museu, que enfatiza o aspecto construtivo e arquitetural.

O restaurante inclui uma cúpula em forma de elipse que exigiu uma estrutura específica composta por pilares curvos compostos conectados a uma placa com dupla curvatura.
 
A estrutura é feita por uma trama irregular de pilares reticulados e vigas conectadas a uma laje colaborante de 14 cm de espessura, tudo apoiado sobre colunas tubulares articuladas (d=700 mm).

A rampa de acesso às coleções, os dois níveis posicionados sobre os vinte e três pares de colunas.

O controle da luz é essencia, além das exigências das normas aplicáveis (cerca de 50 lux), um ambiente com uma luminosidade específica permeada de mistério, foi obtida com as orientações norte e sul das fachadas do museu.

Horário de funcionamento:
3ª/4ª: 11h/18h, 5ª/sáb: 11h/20h e dom: 11h/18h 
Quai Branly, 37
+33 (1) 5661-7000