Camille Claudel (1864 - 1943), brilhante escultora francesa nascida no fim do século XIX. Conhecida por ter sido amante de um dos mais importantes escultores modernistas do século XX (Rodin). Sua obra é cheia de sensibilidade, esperança, pureza, feminilidade, graça e tristeza. Já me emocionei admirando suas obras, assistindo um filme sobre sua vida ("Camille Claudel") e também lendo um livro de psicanálise chamado “Escolha da Paixão” (análise profunda da história dos dois).
"La Valse", 1895.
Aos 19 anos conheceu Auguste Rodin, 24 anos mais velho que ela, escultor consagrado, que se torna seu mestre e amante por dez anos. Convidada por ele para trabalhar em 1885, sendo a única mulher no time de escultores contratados para auxiliar o mestre a esculpir uma de suas obras mais monumentais, "Os Burgueses de Calais". Com o tempo ganhou a confiança da equipe e Rodin passou a consultá-la para quase tudo. Camille era incumbida de esculpir pés e mãos (por meio das mãos que Rodin definia a emoção dos personagens).
Apesar das críticas favoráveis, sua arte não era apreciada pelo grande público, em parte pelo preconceito por ser mulher, e, em parte, porque diziam que ela copiava Rodin.
Exposta no Museu D’Orsey esse trabalho genial que é um grupo de três estátuas intitulado: "A idade madura" (considerada sua obra mais autobiográfica, recusada pela Exposição Universal de 1900) - Dramática reflexão sobre o ritmo da vida e suas perdas, traz a figura A Implorante, um homem sendo conduzido com uma entidade sobrenatural representando a morte.
Sirènes
Sua vida está relacionada à de Rodin até 1898, ano em que se separaram.
L'Abandon
La petite châtelaine
Sua fase mais produtiva é quando se afasta de Rodin. Estuda a arte japonesa e dessa influência surgem algumas das suas mais belas obras, como "As Bisbilhoteiras" e "A Onda" (foto abaixo), de 1897 (também esculpida em ônix, peça de pequena escala, representando três banhistas surpreendidas com a presença de uma grande onda que se fecha sobre a cabeça delas).
Camille Claudel morreu em 1943 aos 79 anos, aos 49 anos sem saúde nem inspiração foi diagnosticada como portadora de delírio paranóico, levada à força para um hospício onde viveu por 30 anos até sua morte e jamais voltou a esculpir.