domingo, 31 de maio de 2020

Domingo com Poesia!

Vai-te depressa, pensamento!
Deixa-me a calma da Poesia.
Fique em minh’alma o só perfume
da cerca alegre de um convento.
Os meus sentidos embalados
numa suave melodia.
(Ah!, não nos quero desgrenhados
como quem volta de uma orgia).
E então meus lábios mais serenos
do que se orassem sobre um berço,
sorrindo à Vida,
sorrindo à Morte.
Ah!, não nos quero assim grosseiros,
ébrios, torcidos,
como depois de um vinho forte.
(Sebastião da Gama, poeta português)

sábado, 30 de maio de 2020

Estante de livros - decoração preferida para as videoconferências


Um inusitado efeito colateral da avassaladora entrada das videoconferências no cotidiano de um sem­-número de pessoas é a volta à cena de um tipo de móvel que, na era digital, perdera um tanto do seu charme: a estante de livros. De repente, ela se transformou na decoração de fundo preferida de quem se põe diante da câmera de smart­phones e notebooks para participar, em especial, de reuniões de trabalho ou de entrevistas (no caso de jornalistas de TV, naturalmente as duas modalidades se esbarram).
É compreensível. Aquele desfile estático de romances, volumes de ensaio, biografias etc. ao longo de prateleiras e prateleiras ajudaria a incutir um ar de respeitabilidade, de cultura, de conhecimento de causa à fala de quem aparece no vídeo. Para os que se posicionam do lado oposto, haveria ainda a irresistível tentativa de descobrir o que as lombadas revelariam sobre o intelecto do interlocutor. Como de praxe, a internet não perdeu a chance de fazer piada com a novidade. Assim, as bibliotecas domésticas exibidas nas chamadas de vídeo viraram memes rapidamente.

No Twitter, o perfil Bookcase Credibility, em tom bem-humorado, assegura: “O que você diz não é tão importante quanto a estante de livros atrás de você”. A página se propõe a analisar uma suposta credibilidade das coleções de obras de quem participa de programas de televisão por meio de videochamada. Pontuando alto em todos os quesitos propostos, o âncora da rede americana CNN Anderson Cooper, que tem transmitido direto de sua casa, levou o prêmio como um dos fundos de estante de maior bom gosto.

Um viral divertido é a paródia de um anúncio que mostra um suporte de papelão com uma falsa estante de livros impressa. Apresentado como “perfeito para atores, jornalistas e comediantes”, ele poderia ser adquirido ao preço de 150 euros (cerca de 1 000 reais). A fotomontagem foi criada pelo ilustrador madrilenho Eduardo Berazaluce. E, para quem não tem o indispensável acessório, os apps já permitem retirar o fundo da transmissão em um recorte digital bastante grosseiro e trocá-lo por outro, falso — nesse caso, buscando no Google a imagem da estante dos sonhos.

A história do meme que se tornou realidade ao virar o produto mais ...

Fonte: https://veja.abril.com.br/

sexta-feira, 29 de maio de 2020

MoMA disponibiliza para download "Brazil Builds": o livro que apresentou a arquitetura brasileira para o mundo

Escola Industrial no Rio de Janeiro, projeto de Carlos Henrique de Oliveira Porto. Image © G. E. Kidder Smith, retiradas do catálogo Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942

Em 13 de janeiro de 1943, cidadãos de Nova Iorque - e, de modo geral, arquitetos de todo o mundo - puderam conhecer a arquitetura brasileira. Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942 foi a exposição realizada pelo MoMA - Museu de Arte Moderna sobre a arquitetura produzida no Brasil não apenas naquele momento, mas desde meados do século XVII.

Realizada pelo arquiteto norte americano Philip L. Goodwin e amplamente baseada em fotografias feitas por G. E. Kidder Smith, a exposição ocupou quase todo o térreo do museu com modelos, grandes impressões fotográficas, desenhos, croquis, plantas, mapas e projeções de slides.

O material fora coletado por Goodwin - ele mesmo responsável pelo projeto do próprio MoMA, em colaboração com Edward D. Stone - em uma intensa viagem pelo Brasil em que, acompanhado de Smith, visitou e tomou registros da arquitetura aqui produzida entre os anos de 1652 e 1942.

Forte de Santa Maria, Salvador - Bahia, 1696. Image © G. E. Kidder Smith, retiradas do catálogo Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942

Resultado da exposição, o catálogo Brazil Builds talvez seja primeira grande publicação sobre a arquitetura brasileira a percorrer outros continentes. Realizada também por Goodwin, o livro é "um esforço para mostrar aos norte-americanos o encontro das velhas a a inspiração das novas construções no Brasil".

Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro. Projeto de Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira, Oscar Niemeyer e Ernani Vasconcellos. Consultoria de Le Corbusier, 1936. Image © G. E. Kidder Smith, retiradas do catálogo Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942 

"O colonial foi fartamente fotografado e o moderno não ficou atrás", diz o prefácio do livro rico em fotografias em cores e em preto e branco. Já nas primeiras páginas, um mapa do território brasileiro apresenta - talvez causando surpresa - a dimensão continental do país, apontando os locais visitados por Goodwin e Smith em sua empreitada.

Além de dividir a produção arquitetônica local por estados, o catálogo a separa em edifícios antigos e modernos; estes subdivididos por tipologias, que abrangem desde casas particulares até infraestruturas de transporte e edifícios recreativos. 

Ilha-restaurante da Pampulha. Projeto de Oscar Niemeyer. 1942. Image © G. E. Kidder Smith, retiradas do catálogo Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942

Os esforços do MoMA e do Instituto Norte-Americano de Arquitetos encontraram ajuda em importantes figuras da arquitetura nacional, entre os quais vale citar Lucio Costa, Roberto Burle Marx, Flavio de Carvalho, Oscar Niemeyer e Rino Levi, e constituem um importante marco para a arquitetura moderna, não apenas brasileira, mas também mundial. Brazil Builds - tanto a exposição como o catálogo - é uma ambiciosa tentativa de compilar quase três séculos de arquitetura brasileira em um pavimento de museu e cerca de duzentas páginas de um catálogo. 


O MoMA disponibiliza para download o arquivo em PDF do valiosíssimo catálogo que apresentou para outras terras algumas obras que vieram a ser consideradas pontos de inflexão no curso da arquitetura moderna. 

Capa interna do catálogo. Image © G. E. Kidder Smith, retiradas do catálogo Brazil builds : architecture new and old, 1652-1942

Faça o download do catálogo:
https://assets.moma.org/documents/moma_catalogue_2304_300061982.pdf?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br

 E saiba mais sobre a exposição de 1943:
https://www.moma.org/calendar/exhibitions/2304?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br

Fonte: https://www.archdaily.com.b

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Casinha de cachorro com garrafas PET

Muitos animais sofrem frio, especialmente durante o inverno. Os animais de rua são os que mais sofrem com a mudança de clima.
Foi pensando nesse problema , que os alunos do grêmio estudantil da Escola Estadual Professora Judith Sant’Ana Diegues, na Ilha Comprida – São Paulo, decidiram fabricar casinhas que são construídas a partir de garrafas-pet e, a inciativa servirá para ajudar os animais abandonados ou de estimação dos moradores de rua.
Para as pessoas que buscam ajudar esses animais, ou ainda querem ter uma casinha dessas em casa podem acessar as informações que os estudantes compartilharam na internet o passo-a-passo de como fabricar as casinhas para que mais e mais pessoas saibam fazer e possam acudir os animais de rua!
Existem muitas pessoas que não querem doar um animal de rua, daí podem ajudar de alguma maneira confeccionando essas casinhas.

Como ajudar um animal, se não puder adotar: assim como fazer uma casinha para um animal de rua, existem muitas maneiras de fazê-lo, como por exemplo juntar essas garrafas e doar para quem quer fazer, incentivar outras pessoas é muito importante.

Fonte: https://www.greenme.com.br/consumir/reutilizacao-e-reciclagem/7941-abrigar-cachorros-frio-casinha-garrafa-pet-aprenda-fazer/

Aprenda a fazer a casinha para cães de pet:
https://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/1120.pdfhttps://www.youtube.com/watch?v=YGT647hc3iM

terça-feira, 26 de maio de 2020

Parques para Todas e Todos

Parques para Todas e Todos é uma ferramenta para inspirar a construção de espaços mais diversos a partir da inserção da perspectiva de gênero em parques urbanos em sua implantação ou gestão. Nele podem ser encontradas diretrizes, sugestões e ideias para começar a pensar em parques que considerem as necessidades de todas e todos. O material está disponível gratuitamente no site abaixo desde o dia 21 de maio.

http://www.semeia.org.br/publicacoes.php



segunda-feira, 25 de maio de 2020

domingo, 24 de maio de 2020

Zack Magiezi

Eu preciso me demolir
Para começar de novo
Não sou obra pronta
Mas sou obra
Trabalho
Tenho o direito de construir e demolir
Sentimentos, paredes e certezas
Arranho o céu
Abraço as minhas profundezas
Alicerces
Ali
No tempo.

(Arte by 
Klee)




sábado, 23 de maio de 2020

RELÓGIO DE SÃO PEDRO - SALVADOR / BAHIA - BRASIL

O Relógio de São Pedro é um monumento/escultura com 6.5 metros de altura, em forma de poste de iluminação, feito em ferro fundido e granito.
Na parte superior possui quatro relógios, supostamente apoiados por quatro figuras de Atlantes. As esculturas e o corpo do poste são em ferro fundido. Encimando o conjunto de relógios, encontra-se lampião adornado, também em ferro fundido, com função primitiva de iluminação. O poste está assentado sobre a base redonda de granito em tom rosado.
O escultor, desenhista, pintor e professor Pasquale de Chirico é o autor da obra. A confecção do relógio é de Henri Le Paute. A origem é de Paris (França). Datado do Século XX, foi inaugurado no ano de 1916.
Situado no centro comercial da Cidade Alta, na Av. Sete de Setembro (São Bento), Salvador - Bahia - Brasil. Dos anos 50 aos anos 80 serviu como ponto de encontro para jovens estudantes, executivos, donas de casa, amigos e casais de namorados.
Pesquisa: Revista Geografica e Histórica da Bahia, nº. 59, 1933.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Vamos pendurar um alvo de dardos na parede?!!

Um alvo de dardos, além de reunir as pessoas, ainda traz momentos de descontração e divertimento.


Mudar a decoração do ambiente pode ser fácil e barato do que se imagina. Com boas ideias, vontade e criatividade, a casa pode ganhar uma cara totalmente nova, sem pesar no bolso. 

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Quer mudar algo na sua sala? Troque a cortina

As cortinas podem ser excelentes item de decoração e trocá-las pode ser uma ótima ideia para mudar a cara do ambiente.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Casa Perfeita para um País Tropical!

Grandes vãos, aberturas integrando o exterior com o interior da residência e muita vegetação.


























terça-feira, 19 de maio de 2020

QUEM DISSE QUE GORDURA PODE SER RUIM PARA VOCÊ?

O sistema Vegawatt foi desenvolvido pela Owl Power Company, uma empresa de energia (Massachusetts - EUA), transforma óleos usados de restaurantes em eletricidade e água quente. É incorporado em edifícios da mesma forma que painel solar, em retromontagem. O lançamento foi em janeiro de 2009.
Após a filtragem do óleo vegetal utilizado no restaurante, a unidade Vegawatt refina o combustível num motor a diesel, e a alimentação elétrica e de água quente vai direto para uma rede do restaurante.
Estas unidades Vegawatt não fornecerão toda a energia e eletricidade que um negócio precisa, mas pode melhorar significativamente seus custos. A oferta gira em torno de 20% da eletricidade utilizada.
O sistema é locado por 5 anos por US$435 por mês, com um potencial de poupança de combustível, calculada em US$ 850 por mês.
A alternativa para locação, é adquirir o sistema por US$22.000 em definitivo, com este custo sendo absorvido em 3 anos, segundo estimativas da própria Vegawatt. E isso sem ter incentivos governamentais e descontos em conta.
Para saber mais sobre o projeto. E-mail para:

domingo, 17 de maio de 2020

Você não passa impunemente por uma experiência dessas....

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A escritora Lya Luft, 81 anos, lança este mês seu 31º livro, As coisas humanas, dedicado a seu filho André, que morreu em 2017, aos 52 anos. Nesta entrevista, Luft fala sobre a experiência de lidar com a perda do filho, sobre a obra e sobre o que mudou nela desde então.

O agrônomo André Luft morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória, surfando, em Santa Catarina, em novembro de 2017.

Quando o socorro chegou, ele já não estava mais vivo.

De lá para cá, Luft não publicou nenhuma obra. Em setembro, teve um infarto, decorrente, os médicos acreditam, de efeitos emocionais causados pela morte do filho.

Agora, se considera refeita. Ao menos em parte.

"A melhor coisa que você pode fazer para homenagear quem se foi é tentar viver direito de novo sua vida. Não pode deixar que a morte destrua tudo que tem de bom. Voltei a ser uma pessoa ligada na vida. Mas algo se apagou em mim".

1. Não estamos programados para a perda de um filho. Como foi essa experiência para a senhora?
É a coisa mais indizível, intraduzível. Fica a imagem dele, que era um homem muito grande, muito bonito. Olhos impressionantes. Azul-claros impressionantes. A voz, a fala, ele tocava e cantava muito bem. Chegava e dizia “E aí, dona Lya” (ela engrossa a voz, como se imitando). Passou os últimos anos na África com a mulher, administrou uma imensa fazenda em Moçambique, eu o chamava de gigante gentile, por ser muito alto. Muito amoroso comigo, com a família.
 
2. A senhora sempre escreveu sobre perdas. E agora?
Eu perdi relativamente cedo meu pai, pessoa mais marcante de minha vida, quando eu tinha 35 anos. Depois perdi Hélio e, então, o pai de meus filhos, com quem voltei a casar, Celso Luft, que adoeceu e morreu. Eu tinha tido várias mortes, mas a coisa do filho é... Sobretudo porque ele era uma pessoa muito intensa. Nos primeiros meses, fiquei catatônica. Depois, com o tempo, tenho filhos, Susana, médica, e Eduardo, professor de filosofia, netos, meu companheiro, Vicente, engenheiro e escritor. A vida chama. Há o que escrevi no livro O lado fatal, poemas de quando o Hélio morreu. A melhor coisa que você pode fazer para homenagear quem se foi é tentar viver direito de novo sua vida. Não pode deixar que a morte destrua tudo que tem de bom. Voltei a ser uma pessoa ligada na vida. Estou quase normalzinha, estou bem, estou direitinha. Claro que tem alguma coisa em mim que se apagou com a morte do filho, e isso qualquer pessoa que passe pela experiência vai te dizer a mesma coisa.

3. O que se apagou? 
Eu era mais alegre antes. Sempre fui... Eu tenho um olho alegre que vive e convive e outro triste que observa e escreve. Você não passa impunemente por uma experiência dessas. Mas, enfim... Tenho minha vidinha, minhas coisas. Pensando inclusive já num novo livro, e já tem título: A alma dividida. Não sei ainda o que vai ser. Não vai ser romance, vai ser meio Perdas e ganhos, O rio do meio ou Reflexões. Primeiro quero que este pobre filho As coisas humanas aconteça (risos), em meio à pandemia.

4. O que há do André no livro?
Ponho no livro algumas coisas da infância dele, como o dicionário que ele, criança, escreveu. Aquilo é verdadeiro. Tentei fazer um livro que não fosse uma lamentação, sombrio, mas que tivesse alguma coisa da realidade, que fosse a presença dele. No dia 29 de abril, ele teria feito 54 anos. No dia 2, fez dois anos e meio que ele morreu. Chamávamos ele de Alemão. Pessoa muito presente, muito intensa, era o nosso Alemão. Eu resolvi reunir esses textos e fazer novos e dedicar o livro a ele.